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Atelier vai ao Museu e faz ARTE com a Natureza


O Atelier Eveline Carrano participou, no dia 4 de maio, do evento “Arteterapia no Parque 2”, promovido pela AARJ (Associação de Arteterapia do Rio de Janeiro) em parceria com o Museu da República, no bairro carioca do Catete.

Alunas, professoras e facilitadoras formadas pelo Atelier (foto) experimentaram o fazer arteterapêutico ao ar livre, utilizando os recursos generosos da Mãe Natureza, na oficina “Land Art: Ampliando os sentidos para a arte da natureza”, coordenada pela psicóloga, artista visual e arteterapeuta Selma Lessa.

Da conexão entre os próprios sentidos, os elementos naturais e a imaginação, surgiu uma belíssima mandala coletiva, construída sobre a grama de um dos canteiros do parque com o auxílio de folhas, flores, galhos, cascas de árvores, pedras, cascalhos...

Tão infinita quanto os recursos naturais disponíveis no local foi a emoção das colegas, à medida que observavam a criação coletiva, caracterizada pela harmonia de formas e cores, e, no momento seguinte, ao descreverem os sentimentos e sensações durante o processo do fazer artístico.

Surpresa – O profundo envolvimento com a atividade e a satisfação com a beleza da mandala, criada por tantas mãos, foram resumidos por meio de palavras como “bem-estar”, “alegria”, “serenidade”, entre outros.

Entretanto, como a proposta era trabalhar com Land Art, Selma Lessa reservou uma surpresa para o encerramento da oficina que impactou o grupo – num movimento rápido, desfez o “círculo mágico” com os pés e convidou as criantes (todas chocadas!) a experimentarem, também, a sensação de “desmonte” da obra.

Conforme explicou a arteterapeuta, a essência da Land Art é a impermanência, a transitoriedade, onde cada obra se torna passageira como a própria Vida humana. Por isso, o que se vivencia, nessa forma de arte, é o processo do fazer, e não a obra pronta.

Observar os recursos naturais, reunir os materiais que despertam os sentidos e as emoções, aproveitar a paisagem local para produzir uma imagem e, depois, desfazer o que foi criado e devolver à Natureza os materiais utilizados – eis a verdadeira proposta da arte conceitual, na qual a Land Art está incluída.

Arte digital – Porém, a tristeza das criantes com a “perda” da mandala coletiva logo se transformou novamente em curiosidade e encantamento. É que, antes do “desmonte” da obra, Selma havia sugerido que todas tirassem fotos.

Após a limpeza do espaço, ela sugeriu que as fotos fossem “transformadas” com o auxílio do PicsArt – um aplicativo para edição de formas e cores, que pode ser baixado gratuitamente no celular. Dessa forma, as criantes poderiam experimentar uma outra linguagem artística contemporânea, a Arte Digital, “reolhando” e “ressignificando” a produção anterior.

A nova proposta rendeu muitas experimentações e incontáveis fotos compartilhadas nos grupos de whatsapp e nas redes sociais. Afinal, assim como a Vida, a Arte também se transforma e se recicla.

Sem dúvida, a oficina proporcionou a todas as participantes um dia realmente Arteterapêutico!

O que é a Land Art?

"árvore empacotadas" - Christo & Jeanne Claude Obra do projeto "Ritmo da Vida" - Andrew Rogers "Plataforma espiral" - Robert Smithson

A Land Art (do inglês “Earth Art” ou “Earthwork”) surgiu no final da década de 1960, traduzindo a insatisfação com a produção artística minimalista da época, bem como a crescente preocupação com as questões ecológicas, frente ao avanço da tecnologia, inclusive na indústria cultural. Uma exposição na Dwan Gallery, de Nova Iorque, em 1968, e outra na Universidade de Cornell, em 1969, intitulada “Earth Art”, consolidaram o seu vínculo com a arte conceitual.

As obras de land art não se destinam a exposições em museus ou galerias, a não ser por meio de fotografias. Christo e Jeanne-Claude, Robert Smithson, Andrew Rogers e Frans Krajcberg estão entre os principais artistas dessa arte.

Principais características: utilização de recursos naturais; fusão da Arte com a Natureza; a Natureza (espaço exterior) como suporte artístico; a efemeridade da arte desgastada com o tempo, as intempéries e a erosão; a crítica à indústria cultural e à comercialização da Arte; a oposição à Arte apresentada nos museus.

Sônia d´Azevedo


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